CORONEL HENRIQUE PRESIDE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE ESCOLA CÍVICO-MILITAR EM SANTOS DUMONT

17Novembro2025

CORONEL HENRIQUE PRESIDE AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE ESCOLA CÍVICO-MILITAR EM SANTOS DUMONT

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O Deputado Estadual Coronel Henrique presidiu, na última quinta-feira (13), uma audiência pública em Santos Dumont, MG, reunindo pais, alunos, professores, militares e vereadores para defender a permanência do modelo de ensino cívico militar na Escola Governador Bias Fortes. A reunião ocorreu na Câmara Municipal, atendendo a um pedido do presidente da Comissão de Esporte, Lazer e Juventude da Assembleia Legislativa de Minas Gerais ALMG.

O modelo educacional em que civis e militares compartilham a gestão das escolas foi discutido de forma ampla, com destaque para a importância da participação da comunidade. A Escola Cívico Militar Governador Bias Fortes é uma das nove unidades que funcionam nesse formato em Minas Gerais. As demais ficam em Três Corações que recentemente recebeu uma audiência semelhante, Itajubá, São João Del Rei, Ibirité, Contagem duas unidades e Belo Horizonte duas unidades.

O deputado destacou que a escola de Santos Dumont foi a última a aderir ao formato em 2022 ainda dentro do programa nacional. No ano seguinte, o governo federal encerrou o programa deixando a cargo dos estados manter ou não o modelo. Minas optou por continuar substituindo militares do Exército por bombeiros militares com até cinco profissionais por escola. Em julho deste ano o governo estadual consultou 727 escolas de 133 cidades sobre o interesse em adotar o modelo.

Uma ação movida no Tribunal de Contas do Estado TCE por grupos contrários à ampliação do programa pediu a suspensão da medida. O partido PT também solicitou que a partir do ano que vem o modelo seja encerrado nas nove escolas e obteve uma liminar favorável. A decisão foi criticada por Coronel Henrique e pelos apoiadores presentes na audiência. Segundo o deputado a questão ainda poderá ser decidida pelo Supremo Tribunal Federal STF. Ele afirmou que o programa seria alvo de mentiras como a alegação de que professores seriam demitidos ou que militares ocupariam salas de aula. De acordo com ele essas inverdades surgem por razões políticas ou por desconhecimento do funcionamento do modelo.

Trabalhando há 30 anos na Escola Governador Bias Fortes e há 10 anos como diretora Roselene dos Santos relatou que a unidade vivia uma realidade muito difícil antes da chegada dos bombeiros militares. Problemas disciplinares graves atos infracionais uso de drogas agressões físicas e verbais a professores além da presença de armas brancas eram comuns. Ela mostrou pedidos de socorro feitos a instituições como Polícia Militar Juizado da Infância e da Adolescência e Conselho Tutelar que muitas vezes não eram atendidos.

Segundo a diretora a intenção era coibir o uso de drogas antes do início das aulas. Alunos chegavam agitados sonolentos ou apáticos e repassavam substâncias dentro da escola enquanto traficantes atuavam em becos e na linha férrea próxima ao local. Na saída brigas eram frequentes. Para Roselene a gestão compartilhada com os bombeiros militares mudou completamente o cenário.

A diretora explicou ainda que muitas inverdades são ditas sobre o modelo cívico militar como a perda da identidade dos alunos. Ela afirmou que não existe restrição quanto a cabelos coloridos ou compridos e que os estudantes mantêm suas características. Destacou que a escola é firme quando necessário mas acolhedora e que os alunos têm liberdade. A vice diretora Erika Abidallah concordou afirmando que a chegada dos militares somou e que o desejo é que o programa continue.

O gestor militar da escola tenente Maia relatou que a unidade viveu momentos sombrios mas que hoje essa realidade ficou no passado. Ele afirmou que os militares do Exército deixaram uma base sólida e que os bombeiros que chegaram no ano passado encontraram um ambiente mais estruturado. Segundo ele a missão dos militares é apoiar a direção repassar valores éticos e disciplinares e ensinar noções de autoproteção individual e familiar.

Os alunos aprendem prevenção de afogamentos primeiros socorros e atendimento pré hospitalar podendo atuar como multiplicadores em suas famílias e comunidades. O batalhão mais próximo fica em Juiz de Fora a 40 km e essa formação pode salvar vidas em situações de emergência.

A estudante Cibele do 6º ano pediu que os monitores não sejam retirados afirmando gostar muito deles e que a escola mudou após sua chegada. Outros alunos manifestaram o mesmo sentimento dizendo que os bombeiros demonstram respeito pela escola. Para Ágata do 8º ano a retirada dos militares poderia fazer com que os problemas antigos voltassem ainda piores. A aluna Vitória que está há seis meses na escola relatou que deseja continuar estudando no modelo atual e destacou o respeito dos bombeiros aos alunos mesmo morando longe a estudante faz questão de frequentar a escola.

Vereadoras como Thailandia Maria de Freitas Leite Josiane Lopes Almeida de Oliveira e Flávia Letícia Ferreira além do vereador Everaldo Barbosa Coelho também manifestaram apoio à permanência do modelo na escola.