Debater a evolução do mercado e a importância do leite e dos derivados de tipo A2 para a agroindústria e os produtores do Estado. Esse é o objetivo da audiência pública que a Comissão de Agropecuária e Agroindústria realizou nesta quinta-feira (27) em São João del-Rei

Solicitada pelo deputado Coronel Henrique, a reunião da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) aconteceu no Campus Experimental Risoleta Neves da Epamig, que fica na Universidade Federal de São João del-Rei.

O evento reuniu prefeitos, vereadores, represetnantes da EMBRAPA, da EPAMIG, entre outras autoridades e especialidades no assunto, com um enfoque bem definido: melhorar a divulgação da importância do Leite tipo A2, e estratégias mercadológicas para impulsionar o segmento leiteiro no Estado, através de novas tecnologias, e atendendo às necessidades do mercado.

Segundo Coronel Henrique, a principal diferença entre o leite A1 e o A2 está no tipo de proteína beta-caseína que contém. Essa diferença na estrutura da proteína faz com que, ao ser digerido, o leite A1 libere o peptídeo BCM-7, que pode causar desconforto digestivo e inflamação em algumas pessoas. Por sua vez, o leite A2 não provoca esse mal-estar, pois é oriundo de vacas selecionadas geneticamente, o que facilita o consumo. Já a quantidade de lactose e o valor nutricional são semelhantes nos dois tipos.

Para Coronel Henrique, “Minas Gerais, maior Estado produtor de leite no Brasil, precisa estar na vanguarda da tecnologia”. Nesse sentido, divulgou que na audiência será apresentada uma temática de inovação na pecuária leiteira - a certificação de propriedades leiteiras para produzirem o leite A2.

Ainda de acordo com o parlamentar, “com maior valor agregado, esse produto será mais procurado pelos consumidores e, consequentemente, a indústria de lácteos vai cada vez mais demandar as propriedades leiteiras para a produção do leite A2”.